Estava vivendo ali
Naquela fonia escandalosa de goteiras
Toneladas de água filtradas pelo meu teto
Num filete uníssono de sal e a melaquequice dos céus
Doce demais para ser mofo
Claro demais para ser suor
Lamentemos a ocasião fúnebre de nosso melancólico encontro
Na esquina da rua dos arvoredos
Desdobrando ondas cerebrais
Encontrando o eczema de nossa nulidade
Os tímpanos sobressaltados
Deslizando pelas cordas rompidas num adeus silêncio
Pelo arco que se esvai
Tudo é uma piada de mel
Cansar de viver o agora
E dormir como um cavalo sedado
Ao som de um céu verdeoliva
arrependido
Não mais
.,
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