quinta-feira, 21 de maio de 2015

Um domo

Enjaulado entre o acrílico bege
Prestes a ejacular sobras periféricas de incapacidades virais
Os sonhos que antes eram contidos em domos fantasiosos agora rompem o lacre da serenidade e se expandem como doença plena
Na previsão do tempo as nebulosidades restringem o concerto final
O urro atávico já não é ouvido

Cede lugar ao gemido apenas sufocado pela transparência do suco que induz aos mais absolutos e lindos erros




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quarta-feira, 6 de maio de 2015

não alimente o monstro!
não alimente ou ele pode lembrar quem ele é
não alimente ou os grunhidos podem ser ensurdecedores guturais
não alimente o monstro
com olhares
com cheiros incandescentes sabor passado
não alimente
para não despertar a fome cuja maldição é sempre devorar mais





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