quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Lembranças do amanhã

Enquanto o sono não vem
o vento gira ruidoso
e as feridas cicatrizam devagar
a poção faz o seu efeito
e eu espero a chuva.
O cabo vermelho me encara
mas eu o ignoro esnobe,
a maciez da almofada
é tão plena como o início
da torpe embriaguez.
A nostalgia invernal é
com certeza o pensamento
mas não o imperioso,
a fada verde está presente
e esta, com certeza
entorpece mais que
uma dose de absinto.

O amor

Maldito sejas tu amor!
És um parasita
que se embrenha no meu crânio
suga o indivíduo
torna-o lânguido e ocioso
induz a mente a ter
os mais oníricos devaneios
mas como poderia euviver sem ti?
É dessa simbioze bizarra
que surgem as mais belas
criações preternaturais de minha arte.
E se talvez um dia
o amor morresse em mim
doridamente seria esse tambêm
o meu fim.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

A praga

Rogo a a ti meu inimigo
que não morras ainda cedo
Podes até cair ferido
mas levante com cicatrizes e medo

Que tu vivas para sempre
mas teus amores devem fenecer
Dos mais profundos, aos das orgias
sua esposa nem verá seu filho nascer

Com o tempo suas rugas aparecerão
seu mundo cairá
Seus muros desabarão

E quando nada mais ter sentido
você terá uma certeza!
Jamais deveria ter sido meu inimigo