sexta-feira, 25 de outubro de 2013

bancos



skatistas sapatas cachorros pulgas vagabundos mendigos sorvetes grama brisa nuvens
vícios certezas asco degraus velhos algodão doce pedófilos fontes
eu como uma amoeba estarrada num banco habitado por palavras obscenas de errorex
procurando encontrar a musa petrificada para compor a grotesca obra
rindo para o nada
as risadas para o nada são as melhores
não há melhor plateia do que o vento
não há melhor remédio do que sentar a bunda sobre a ferrugem e vadiar em silêncio sem relógios sem motivos comigo mesmo ao fim de tudo



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