sábado, 20 de dezembro de 2014

Pezinhos de framboesa



Mais do que nunca hoje a minha merda parecia um feto negro me observando debaixo d’água Pezinhos de framboesa foi embora e deixou seu perfume adocicado no travesseiro Bandas de países gelados são as melhores.
Ela deitava pálida e fedorenta de pica
Amava o celular e as amoras
Dizia palavras amanteigadas e mijava sem sutiã pelo apê descascado
Nunca mais
Na casa dos gatos onde os pelos e as pulgas almiscaram por enredos corroedores
Na priori facultativa de nosso colchão matricídional
As almas de todas as cores falavam em vozes harmonicamente abaladas pelo desfazer de cada sol ou de cada palavra legendada com odor esterco felicidade





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