“As pessoas precisam umas das
outras não é?”
Chegaram
abordando com seus terninhos e gravatas apertadas.
“É, acho que sim...”
“Sabem vocês parecem muito
simpáticos, posso ter a atenção de vocês por uns minutos?”
Ela ria.
“Vai lá!”
“Vocês conhecem a nossa igreja? A
irmandade sétimo dia da salvação cristalina do santo espírito?”
“Bah, infelizmente não...”
Ela ria muito.
Segurava a boca para não gargalhar alto.
“Todo aquele que se arrepende de
seus pecados terá o seu lugar ao lado do senhor.”
“Até se eu matar a minha mãe?”
“É... Se você se arrepender
sinceramente...”
“Vocês são casados?”
“Não, ela é minha irmã, mas a gente
fode às vezes, dependendo de quanto a gente já bebeu..”glup! Virei a lata.
Silêncio olhos
estralados dúvida regozijando
talvez estejam arrependidos preciso arrotar.
“Vai dizer que vocês nunca comeram
a irmã de vocês?”... claph! Abro outra lata.
Risos amarelovermelhos.
“Isso é totalmente contra a vontade
do nosso senhor...”
“Mas vocês têm irmã?”
“Eu tenho”... Falou inseguro o
cachinhos dourados.
“Quantos anos?”
“Quinze.”
“Putz, quinze aninhos... Vai dizer
que nunca te imaginou metendo a língua naquela pekinha loira?”
Gargalhadas
estridentes do meu lado.
“Nós podemos deixar um folhetinho
com vocês?”
“Aham!”
“Vamos orar por você e sua irmã.”
“Beleza!”...glup! “Ahh, pensa bem
eim, quando bater o tédio. Na tua irmãzinha deitada no quarto dela com um daqueles
calçãozinhos folgados bem curtinhos se revirando no lençol...”
Enrubescimento
pressa perturbação melando a cueca ereção desejosreprimidos a beleza da troça.
“Que a paz do senhor esteja com
vocês!”
Seguem
caminhando pela grama verde apressados. É um sábado suportável e ainda temos
cinco latões de cerveja fresca.
.l.
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