a cidade inteira dorme
eu apenas repouso com a mão sobre a cabeça
à moda russa
afogo as moléstias
as ereções
o odor do pano verde
aquele ensopado de porra embaixo de minha cama
apenas levito para evitar o chão
os cabos se desconectam
irrealidade
nossos passeios eternos se transformam
no torpor negro da lâmpada que apaga
a clareza das ideias me foi vetada
eu agora sou proibido de contar os dias
como consolo
apenas martirizo minha sede
e minhas pequenas mágoas.
.;
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
sábado, 4 de janeiro de 2014
Ao que é certo
na atmosfera densa criada pelo arco
do violino e o som da chuva
lembranças me foram trazidas das
terras distantes de minha memória
de quando fodi com a garota de um
amigo
e limpei minha consciência pagando
a ele uma garrafa pet de vinho e um cachorro quente de calabresa
afinal tudo se resolve com vinho e
calabresa
hoje o dia traz uma vontade incerta
de um fim indeciso
rolando poças e comendo lama
vamos caminhando para um entardecer
sonâmbulo
onde promessa foram feitas
onde a glória reprime seus suspiros
.,~´
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